Náutico pode ir ao tapetão apelar contra o Fortaleza

Portal Esportes O POVO

Após a goleada de 4 a 0 aplicada pelo Fortaleza na partida de ida pela Copa do Brasil, o Náutico parece já ter jogada a toalha. Pelo menos em campo. Na esfera judicial, o clube pernambucano pretende ir ao tapetão apelar contra o Fortaleza pela utilização do lateral Guto no torneio nacional.

A explicação é que Guto teria um contrato de cinco anos com o Tricolor e o mesmo foi prorrogado por mais um ano. A legislação esportiva prevê um compromisso máximo de cinco anos. A prorrogação deixaria o atleta do Fortaleza irregular.

O gerente de futebol do Náutico, Carlos Kila, estaria avaliando junto ao departamento jurídico do clube o caso Guto. Uma punição ao Fortaleza poderia avançar os alvirrubros para a próxima fase da Copa do Brasil.

Mas de acordo com o diretor de registros da Federação Cearense de Futebol (FCF), Júlio Manso, o suposto contrato irregular não existe. A acusação é tratada apenas como um boato pelo diretor. Júlio Manso também nega que a federação estaria investigando o caso.

Já o advogado Rafael Ramos, especialista em direito esportivo, destaca que é irregular se prorrogar um mesmo contrato por mais de cinco anos. Diz que se o Fortaleza fez um novo contrato com Guto a situação é legal, contudo, se fez um “aditivo com prorrogação” a situação é irregular. “O aditivo, pela CBF, não pode ser uma renovação”.

Rafael diz entender que o nome do atleta constar no BID e também ser referendado pela FCF pode ser uma justificativa para o Fortaleza, mas que o “principal responsável” por verificar a legalidade do vínculo é o próprio clube, não federação ou confederação.

O Portal Esportes O POVO tentou contato com dirigentes do Fortaleza, mas não obteve reposta.

Fortaleza e Náutico se enfrentam nesta quarta-feira, às 21h50min, no estádio dos Aflitos, pela partida de volta da Copa do Brasi.