Macarrão é condenado a 15 anos por sequestro e morte de modelo; ex de Bruno pega cinco anos

Macarrão é condenado a 15 anos por sequestro e morte de modelo; ex de Bruno pega cinco anos

O júri popular do caso Eliza Samudio condenou, na noite desta sexta-feira, no Fórum de Contagem, em Minas Gerais, o réu Luiz Henrique Romão, o Macarrão a 15 anos de prisão pelo sequestro, cárcere privado, além da morte da modelo e o cárcere de seu filho Bruninho. Macarrão, 27 anos, é amigo de infância e ex-braço-direito do goleiro Bruno Souza. Ele foi inocentado da acusação de ocultação do cadáver.

A ré Fernanda Gomes de Castro, 35, ex-amante do goleiro, também foi condenada e recebeu como pena cinco anos de prisão pelos crimes de sequestro e cárcere privado de Eliza e seu filho. No entanto, como a condenação foi menor do que seis anos, Fernanda cumprirá pena em regime semiaberto.

Para a Promotoria, Macarrão coordenou toda a trama que começou com o sequestro de Eliza e terminou com sua morte, na casa de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, seu executor, em Vespasiano (região metropolitana de Belo Horizonte), em 10 de junho de 2010.

O júri de Bruno, Bola e Dayanne foi adiado para 4 de março de 2013. Outros réus do caso, Wemerson Marques de Souza, amigo de Bruno, e Elenílson Vítor da Silva, o Coxinha, ex-caseiro do sítio do goleiro, também irão a júri, sem data definida.

A juíza Marixa Fabiane concluiu em sua sentença que “após a análise de todo o contexto probatório na fase de inquérito policial e em juízo, externei meu convencimento de que materialidade do crime estava comprovada pela prova indireta que Eliza Samudio, de fato, foi morta. No entanto, alguns dos advogados, no exercício legítimo da defesa, semearam de forma exitosa a dúvida na mente de milhares de pessoas, ao longo de dois anos e cinco meses, que questionavam-se se de fato Eliza Samudio estava realmente morta. Tenho que a admissão do réu Luiz Henrique, que realmente levou Eliza Samudio para o encontro com a morte, foi de extrema relevância para tirar do Conselho de Sentença qualquer dúvida sobre a materialidade do crime de homicídio".

Sobre a confissão de Macarrão, a Marixa Fabiane escreveu que "prestigio sua confissão em plenário para a redução da pena [do crime de homicídio] para o mínimo legal (12 anos)".