Bicampeão

Bicampeão

O Ceará conquistou o título cearense pelo segundo ano seguido, desta vez em cima do rival Fortaleza, que vendeu caro a taça ao Vozão, não sendo derrotado em nenhuma das duas decisões. As duas torcidas fizeram uma belíssima festa, cantando e incentivando suas equipes no Estádio Presidente Vargas, que recebeu um excelente público, como não podia deixar de ser.

Após 90 minutos, o Vozão fez prevalecer a sua supremacia técnica, além das vantagens do regulamento, que coroou a equipe com maior pontuação no certame.

Ceará e Fortaleza entraram em campo dispostos a apagar a péssima imagem deixada na partida de ida. Vontade, raça e determinação não faltaram aos arquirrivais eternos que se movimentaram bastante na primeira etapa, apostando nas jogadas individuais com Apodi e Felipe Azevedo, pelo lado alvinegro, e Cléo e Marielson, pelo Fortaleza. Mas ambos pecavam no último passe, consequentemente, as finalizações ficavam comprometidas.
Apodi, Márcio Careca e Felipe Azevedo tiveram ótimas oportunidades de abrir o marcador ainda na primeira etapa, entretanto, não concluíram com qualidade. Já pelo lado tricolor, Jaílson buscava furar o bloqueio do Vozão, mas também não conseguia finalizar. Os primeiros 45 minutos chegaram ao fim com o Ceará levemente superior.
O segundo tempo começou quente, com as duas equipes partindo para o tudo ou nada. O treinador do Leão, Nedo Xavier, sacou o volante Leandro e mandou a campo o centroavante Rômulo, mas a alteração não surtiu muito efeito, já que Esley fez falta feia na entrada da área e foi expulso. O Ceará cresceu e encurralou o Fortaleza com uma série de ataques e, para evitar o pior, Geraldo deu lugar a Lucas para tentar acertar o meio-campo.

E deu certo. Aos 16 minutos, Rafinha cruza com perfeição e Jailson, de cabeça, põe no canto de Fernando Henrique e faz a torcida tricolor explodir no Presidente Vargas. Mesmo com um a menos, o Leão ia resistindo ao bombardeio alvinegro, principalmente com o goleiro João Carlos, que obrou pelo menos dois milagres, até Romário, que entrou no lugar de Mota, sofrer pênalti discutível de Cléber Carioca. Felipe Azevedo, em sua despedida, bateu e igualou o marcador. Agora festa do lado preto e branco.
O treinador Paulo César Gusmão, que havia posto Misael e Reina nos lugares de Régis e Heleno antes do gol de empate, se viu em situação difícil sem seus volantes e teve de contar com a doação dos atletas em campo para segurar o placar. O técnico Nedo Xavier, repetindo o comportamento de PC Gusmão no primeiro duelo, foi excluído do barco de reservas por reclamar de vários lances do jogo, inclusive da penalidade máxima.

Os minutos foram passando com o Ceará segurando a bola, trabalhando a redonda, esperando o tempo passar, já o Fortaleza, notoriamente, não possuía mais forças para tentar mais um gol, que lhe daria o título. O árbitro Ricardo Marques apitou pela última vez no Campeonato Cearense 2012 aos 48 minutos, consolidando o bicampeonato do Ceará Sporting Club, para delírio da imensa torcida alvinegra nos quatro cantos do País.