Basquete cearense em ‘movimento’
No primeiro treino do Sky/Basquete Cearense, em julho do ano passado, o técnico Alberto Bial declarou: “Nós não estamos fazendo apenas uma equipe, estamos fazendo um movimento. Nesse movimento, nós queremos atrair e unir todos os lados do basquete no Ceará”, disse.
André e Edu durante treino do Basquete Cearense para o jogo de hoje Fotos: Kid Júnior
Após o primeiro turno do Novo Basquete Brasil (NBB) e oito jogos feitos em casa, o esporte da bola laranja parece realmente ter dado uma guinada na cidade de Fortaleza. Hoje, o time estreia no returno da competição, contra o Uberlândia/Unitri/Universo, às 20h, no Ginásio da Unifor e a expectativa é de, mais uma vez, um bom público.
Com praticamente todas as partidas com ingressos esgotados, os cearenses demonstram estar abraçando o time local.
“Eu já jogava basquete, mas, ao assistir uma partida profissional, fiquei ainda mais motivado para continuar treinando”, confessa o estudante João Victor, 12, com o ingresso do jogo de hoje na mão.
Outro torcedor novato, Gustavo Mesquita, 15, não se interessava pelo esporte antes da chegada do Basquete Cearense, mas agora assiste todos os jogos com seus amigos. “Eu jogo vôlei, mas comecei a me interessar pelo basquete agora, com os jogos do NBB na nossa cidade”, explica o jovem estudante.
Nas quadras
Contudo, a procura pelo basquete não tem sido apenas para assistir aos jogos do NBB. O interesse também está crescendo entre os jovens que querem aprender a praticar a modalidade.
O assistente técnico do Basquete Cearense e técnico da seleção cearense da modalidade, Dannyel Russo, explica que diariamente recebe diversos telefonemas e e-mail de pais com filhos, buscando aprender o esporte. “A curiosidade aumentou demais. Esse projeto foi um presente para o basquete da nossa cidade”, defende.
“Muitos garotos querem começar a jogar e entrar nas escolinhas de basquete. Além disso, os moleques que já jogam se motivam cada vez mais a continuar jogando”, explica.
Para Russo, a presença de um time profissional na Capital muda toda a dinâmica dos jovens atletas. “Depois de formar um atleta, eu me via obrigado a mandar eles para o sul para treinar. Se algum deles quisesse ser profissional, tinha de ir embora. Agora, todos eles já jogam sonhando em ser jogadores do Basquete Cearense e entrar para o time sub-22 da equipe”, comemora o técnico.
Reconhecimento
O outro assistente técnico do Basquete Cearense, o ex-jogador e braço direito de Alberto Bial, Flávio Soares, o “Espiga”, afirma que o interesse pela equipe em todos os lugares tem sido muito grande. “As pessoas param para conversar e perguntam como está o Basquete Cearense, dizem que estão gostando do time. Só esse burburinho, esse assunto pela cidade já vale a pena. Nós estamos vendo todo o envolvimento da população com o time e isso nos agrada muito. Talvez nesse momento a gente não consiga nem estimar o valor disso”, exalta Espiga.
“A ideia do projeto é essa. Espero que o Basquete Cearense gere muitos frutos”, termina.
