Apesar dos esforços, crise avança entre Planalto e aliados

Na tentativa de aplacar a crise entre os aliados da presidente Dilma Rousseff, o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), anunciou que os ministros vão passar a comparecer semanalmente no Congresso para debater temas com os parlamentares.


 

 

Braga disse que a medida tem o objetivo de “integrar o governo com a base” para ampliar a interlocução política de Dilma.


 

“Estamos falando em trazer ministros ao Senado para que possam ter uma interlocução ampliada com a base, com participação interativa. Só dá para fazer isso aproximando os senadores de ministros”, disse o líder.


 

O governo vive uma crise com a base aliada desde que o Senado rejeitou a recondução de Bernardo Figueiredo para a diretoria-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que era defendida pelo Planalto. Em mais um episódio da crise, a bancada do PR rompeu com o governo e passou a integrar a oposição no Senado.


 

“Superado”


 

Noutra linha de frente, o secretário-geral da Presidência, ministro Gilberto Carvalho minimizou a crise entre o Palácio e aliados. Segundo o ministro, o desgaste com os aliados foi “superado”.


 

Aliados se queixam de problemas na interlocução com o governo, na liberação de emendas e também no preenchimento de cargos.


 

Carvalho, que há duas semanas reconheceu que havia um momento tenso com a base, afirmou que a relação entre Executivo e Congresso está “normal”.


 

PTB fora


 

O PTB desfez o bloco com o PSB e PC do B na Câmara dos Deputados. O partido tomou essa decisão porque PSB e PCdoB normalmente votam alinhados com o governo Dilma Rousseff, e os petebistas passaram a votar contra o Planalto até que haja melhora na relação com os aliados.


 

O PTB passou a formar bloco com o PSC, que aderiu à tese da obstrução dos projetos em votação na Câmara dos Deputados. Obstrução é um mecanismo usado pelos deputados para suspender votações de interesse do governo. (das agências de notícias)